terça-feira, 8 de março de 2011

BLOCO DA ESTAÇÃO





Este é o mais tradicional bloco da cidade: bloco da estação. Comandado pelo ilustre Waluce, comerciante bastante conhecido, casado com a professora Jandira, proprietário de uma cantina que há décadas oferece comida caseira de melhor qualidade, situada ali na 24 de dezembro, quase chegando à estação de trem.
Grande personagem de Peruíbe, Waluce resgata seguidores do maestro já falecido Vicente Basille Neto. Com seus instrumentos de sopro e percussão, tocam seu enredo e antigas marchinhas de carnaval, tudo para não deixar a tradição cair, fazendo a alegria de muitos foliões peruibenses.



O enredo desse ano:
Saia rodada

Hoje o Carnaval tá quente
Vem pular com a gente nessa multidão (Bis)
O Carnaval é uma vez por ano
A cidade esperando nosso bloco passar

Venha menina, com sua saia rodada,
Sandália de prata, vem pro Bloco da Estação (Bis)

Cada ano que passa o Carnaval tá bom demais. He! (Bis)
Tá bom demais. Hei! Tá bom demais.

segunda-feira, 7 de março de 2011

E A NOSSA HISTÓRIA, COMO FICA?







Está aí a nossa linda nova praça da matriz. Dia 18 de Fevereiro foi sua inauguração, totalmente redesenhada. Agora muito mais ampla, com espaços para shows e pequenos eventos. Realmente, ficou muito atraente para os turistas que não conhecem a cidade.
Eu, nascida aqui, com família tradicionalmente de Peruíbe, guardo muitas histórias e lembranças de família. A antiga praça fazia parte de muitas delas. Não apreciei a mudança dela. Só faltou tirar o coreto: "isso não mesmo!!!"
Peruíbe precisa mesmo reavivar a sua história, memória, cultura.
Infelizmente, ponto negativo para a nossa nova praça!!!!!!!!!

sábado, 5 de março de 2011

MISTÉRIOS E LENDAS DE PERUÍBE

Por trás de suas belezas, Peruibe esconde muitos mistérios e lendas, algo que deixa muitos munícipes a se pensar: será que existe mesmo?

Mistério da porta e janela

Conhecido tambem como Pedra da Serpente, é um dos locais onde muitos relatam ter observado luzes e seres estranhos. Um conto indígena diz que ali existia uma gruta da qual saíam fumaça e fogo. Um dia, os deuses a fecharam, deixando na porta os contornos que lembram uma serpente.
Atualmente, há relatos no local de que, à noite, é vista uma pessoa loira de quase dois metros de altura, com cabelos muito longos, vestindo algo semelhante a um macacão prateado; outras vezes, usa uma túnica branca e, na altura do peito, um emblema de uma serpente. Ela se dirige à rocha, entra na mesma e desaparece.
Há relatos de aparições luminosas com forte brilho esbranquiçado que saem da Pedra, como cita "seu" José; segundo ele, a pedra parece ser um “portal”, e muitos sentem “algo” de estranho ao lado dela.

Catelinho da prainha

Diz-se que nesse castelo aparece um homem vestido de bruxo que algumas noite do ano, aparece na janela que dá para o mar. Não se sabe ao certo quando ele aparece mais já há relatos de alguns munícipes que avistaram o fenómeno.

Noiva na praia

Essa noiva aparece na praia de parnapoã a noite, muitos já avistaram ela andando na praia. Diz-se que ela queria muito casar e foi abandonada pelo noivo no dia do casamento.

Tucano de Bico de Ouro

Lenda da região da Juréia-Itatins, confirmada pelos pescadores da região do Guaraú. Segundo ela, há um tucano de bico de ouro que aparece a cada sete anos, voando no Morro do Pogoça e no maciço da Juréia; diz-se que a pessoa que vir o tucano de bico de ouro será muito rica. Há também a lenda dos vaga-lumes; no dia de aniversário da morte do Padre Leonardo Nunes (em junho), a Capela de São João Batista retoma a sua forma.

Lenda do Pogoça

na tribo dos tupiniquins havia um cacique de bravura e coragem inigualáveis. Seu nome era Peroibe. Sua valentia era conhecida e a terra de Peroibe, respeitada por todas as tribos ao redor.
Um dia, quando Peroibe e seus guerreiros perseguiam um suaçu (veado), chegaram a uma fonte de águas cristalinas. Como estavam cansados, beberam e, de repente, o cansaço sumiu e o vigor se restabeleceu em seus corpos. Todos gritaram: "Icaraí! Icaraí!" (água santa) e retornaram à aldeia, contando a descoberta milagrosa.
Foram as mulheres que mais se serviram das águas da fonte, mantendo-se sempre jovens e desejadas pelos guerreiros de todas as tribos, o que fez com que as moças de outras tribos sonhassem também com o uso da água milagrosa. Juréia, filha única do cacique Pogoça, da tribo dos carijós, na retama (região) de Igua, soube da descoberta e, ao pegar o caminho da ibicuí (praia de areia fina), chegou à retama dos tupiniquins, alcançou a fonte e mergulhou nas águas cristalinas.
O cansaço sumiu e o corpo de Juréia vibrou ao sentir uma corrente deliciosa, até então nunca sentida, fluindo por todas suas células. Com seus lábios semi-abertos, as pálpebras semicerradas e as pupilas dilatadas, experimentou um desejo novo, misterioso e confuso: ao mesmo tempo queria correr e agir, soltar-se, mas também abandonar-se e estremecer ao toque das águas que, como mãos atrevidas e invisíveis, acariciavam seu corpo.
Peroibe, que estava descansando na pindi (clareira) a poucos metros da fonte, ouviu o barulho das águas e, abandonando seus sonhos e divagações, virou-se naquela direção. Viu o rosto e o corpo de Juréia e ficou como que enfeitiçado. Extasiado, imóvel. Tentou gritar, mas de sua boca só escapou um sussurro: “Deusa! Deusa!”
Juréia sentiu algo quente que a tocava vindo da mata, olhou e viu a figura imóvel de Peroibe. Pensou: "Um deus!" E, rápida como um ati (ave), saiu da água e desapareceu pela ape (trilha). Peroibe, ainda sem saber se a imagem que tinha visto era real ou fantasia, com o coração batendo rápida e impacientemente, logo ficou em pé e meteu-se na mata em busca de Juréia.
Pogoça sentiu a falta da filha que não via há dias e, quando ela apareceu, quis saber aonde tinha ido. Sabendo da verdade, enfureceu-se e, com a ajuda dos pajés, enclausurou Juréia na caverna de Itabirapuã (pedra em pé redonda), no topo do Ibitira (morro), para poder ser vigiada por todos os lados. A porta de pedra fechou-se para sempre, por medo de que o deus que a filha tinha visto tentasse roubá-la de novo.
Em vão, Peroibe vasculhou as matas e, cansado e esgotado, entrou em tristeza profunda; negava-se a comer e a beber da água da fonte que os pajés lhe traziam. Nos seus sonhos perturbados, sussurrava: “Deusa, deusa!”
Os pajés se juntaram em conselho e resolveram evocar Guaraci (Sol), pedindo ajuda. Atendendo ao pedido, Guaraci, até que a amada de Peroibe retorne, transformou o guerreiro numa rocha, para que Ara (o tempo) não o transformasse, e disse que somente o calor dela poderia despertá-lo.
Enclausurada, Juréia chorava e evocava Japoracira (Lua), sua protetora, para que a ajudasse a reencontrar seu amado deus. Japoracira se entristeceu e, cheia de compaixão, transformou-a em bola de fogo.
Assim, em certas noites ela sai de sua prisão, percorrendo os sambaquis em busca de seu amado. No dia em que encontrá-lo, petrificado, o despertará do sono eterno com seu calor, e a porta do Pogoça se abrirá, libertando-a para que os dois possam se unir. Aí, então, renascerá a raça perdida dos bravos tupiniquins.

LENDA DE ICARAÍ

Diz a lenda que a tribo dos tupiniquins, havia um cacique de bravura e coragem inigualável. Seu nome era Peroibe. Sua valentia era conhecida e a terra de Peroibe respeitada por todas as tribos ao redor.Um dia, quando Peroibe caçava com seus guerreiros, ao perseguirem um suacu (veado), chegaram numa fonte de agua cristalina. Como estavam cansados da perseguição, beberam da agua, quando de repente o cansaço sumiu e o vigor se estabeleceu novamente nos corpos dos guerreiros. Icaraí! Icaraí! (agua santa) gritaram todos e ao retornarem a aldeia, contaram então, para a tribo, a descoberta milagrosa.Foram as mulheres que mais se serviram da aguada fonte que as mantinham jovens e belas,tornando-as desejadas por todos os guerreiros de todas as tribos. Elas já eram famosas pela pele macia e sedosa, consequencia do uso da Tabauna (lama negra) que espalhavam no corpo. Mas a descoberta da Icaraí fez com que as moças de outras tribos sonhassem com o uso da lama e da agua milagrosa.

sexta-feira, 4 de março de 2011

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE PERUÍBE.



Fundação: 18 de fevereiro de 1959
Gentílico: peruibense ou peruibano.
Lema: Terra de Eterna Juventude
Região metropolitana: Baixada Santista
Municípios limite: Iguape, Itanhaém, Itariri e Pedro de Toledo.
Distância até a capital: 141 km

Características geográficas

Área: 326,214 km²
População: 59 793 hab. (Censo IBGE/2010]
Densidade: 183,29 hab./km²
Clima: Subtropical

BREVE HISTÓRIA DE PERUÍBE.



PERUÍBE, vocábulo indígena que significa "no rio dos tubarões".

A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo oficial, além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa contra investidas de corsários. No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei, em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém.
Além de inúmeras belezas naturais, espalhadas por suas diversas praias, rios e montanhas, o município ainda concentra sítios arqueológicos, como sambaquis, e as ruínas de uma igreja jesuíta do século XVI, as Ruinas do Abarebebê. Na zona rural, apesar de pouco visitada por turistas, também encontram-se rios e cachoeiras e inclusive uma aldeia indígena.